quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Autor: Desconhecido





26 de Agosto de 2014-11
               Amanheceu como qualquer outro dia e eu mantive minha rotina, porem quando voltava para casa encontrei o carteiro que entregava cartas naquela rua, e não por acaso ele estava depositando uma carta na casa onde morava o tal desconhecido no qual a garota escrevia. Corri o quanto pude ate alcançá-lo, mas vi que era vão correr tanto, ele já estava a dobrar o segundo quarteirão que era distante o suficiente para desistir de correr, eu desiste.

              Hoje não recebi nenhuma carta, mas fiquei curioso com o que o carteiro poderia ter depositado na casa abandonada. Há maior parte da verdade é que queria saber se a garota queria acabar com a vida, ou se já teria dado fim a si. 

            A tarde passou e a cada minuto eu ficava eufórico, pois já se passava sete dias e nenhuma carta havia chegado a minha casa, mesmo que por engano, pois sabia eu que se aquilo tudo fosse engano, alguém estava me enganando e não eu passando a perna no carteiro e na autora das cartas. Eu me mantive imóvel a tarde inteira esperando um sinal do carteiro ou da carta, eu me mantive inquieto quando o anormal não me mantinha na sua normalidade. Eu me contive.

             Já era noite e sabia que não chegaria mais nada naquela noite, fechei a porta. Vi uma sombra, depositando algo na caixa de cartas. Ela era linda. Avistei correndo para longe do meu alcance, de vestido fino, quase transparente, quase um anjo, cabelos enrolados, com cachos, o passo foi veloz, mas pude ver seus pés e suas sapatilhas carregadas de cor, era vermelha, e eu me apaixonei, por sua magreza, sua leveza, sua dor.

            Sábado, hoje é o dia em que não saio não me mexo, só escuto e sinto o que me mantém vivo, na verdade, o que me mantinha ali, era a perspectiva de vê-la novamente, era a chance de poder olhar o rosto das cartas desconhecidas. Sentei na cadeira de balanço na varanda, abri um livro, um, dois, três, dez, e por fim fechei-o deixando o melhor para outro dia.
             Estou criando coragem para ir ate a caixa de cartas, pegar algo para mim, pois agora sei que nada era por engano, nem o carteiro, nem as cartas, nem a autora, nem eu. Abro a caixa e o que vejo, me mantém em êxtase, parado, estátua como quando criança....

                                                                 Atenciosamente, Eu

0 comentários:

Postar um comentário

 
;