Saberia
eu escrever um texto, saberia ter um pretexto para tal. Sei de alguém que anda
só e que em pleno o pó que se vive hoje, se acha feliz. A dois palmos da minha
janela, ela é bela, é nela que pensei, é ela que ele “desamou”. Todos tolos,
tontos me acham só, pelo menos sou feliz, sou então o que vive á deriva da
felicidade, na audácia de se sentir só.
Tenho
um coração partido então, mas quem tão forte é que não cantou esse refrão. Sei de
acordes que me partem ,notas que separam no dedilhar sagaz. Hoje escrevi para você, nem adianta, não sei soletrar, dó, ré, mi. Pro saco com essa música, nem
por um segundo sei cantar, o toque é final da vida, sem sentido é o suspirar já
sentido, de ontem quando me despedi, pela ultima vez, de hoje quando o telefone
tocou, antes.
Belisque-me,
quero sentir só, a ilusão que é sentir- se completo. Indique-me um passo só,
que dois já trilharam sem errar, eu entendo do que falo, e você do que escuta.
Somos eternos indignados, com o senhor, com o pavor que me dá a cada silabar de
seu nome. Eu sou só, porque sei andar assim, de maneira que você tem que ser
assim, da maneira como queira me completar.
(enquanto lê)
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